Eu adoro ler. Sou daquelas que lê um livro várias vezes só pelo prazer de encontrar de novo aquela personagem que me fez rir ou chorar, ou meditar e odiar. Essas personagens que de uma maneira se tornam pessoas reais na minha vida. Zen e a Arte da Manutenção da Motocicleta, 3 vezes (uma em português, duas em inglês). A Montanha Mágica, 2 vezes (uma em português, uma em espanhol), Mrs. Dalloway, 3 vezes (uma em português, uma em espanhol, uma em inglês), Ensaio sobre a cegueira, 2 vezes (uma em espanhol e outra em português), Memorial do Convento, 2 vezes (em português), El Amor en los Tiempos del Cólera (nem sei quantas vezes em espanhol), Cien Años de Soledad (duas vezes), Rayuela, sempre, Estrella Distante, 2 vezes (em espanhol), To Kill a Mockingbird, 2 vezes (em inglês, seguidas!), e assim vai. O amor que me leva a encontrar com esses personagens…ou talvez o estilo de um autor que eu amo, me faz ler a obra inteira (ou quase). É um delírio, um estado de êxtase que tem me deixado bem meditativa, silenciosa e calada. Sabe aquele momento pós orgasmo que tira o fôlego mas ao mesmo tempo te dá vida? O mais recente delírio tem sido com o norueguês Karl Ove Knausgaard, de quem já escrevi aqui e que agora volta a entrar na minha vida. Presença confirmada no Festival Literário de Paraty. Queria tanto ir, mas não poderei…nesse dia preciso estar em SP para a famosa “homologação”…Damn it! Tomara que dê para acompanhar online.